segunda-feira, 19 de março de 2018

Jornada Arquetípica

Nos tempos atuais se falarmos da Jornada Arquetípica, nos referimos a muitos Mitos antigos, como a própria história da Humanidade, que nos traz por si só as figuras mitológicas que são eternas. O que faz um Arquétipo ressurgir na atualidade?
O poder do arquétipo é justamente ser o mensageiro de um poder simbólico oculto, e que com a imagem que o representa,  seja um fator de mudança, que nos revele algo e antes de tudo  que nos comunique do Inconsciente Coletivo algo já esquecido por nós. 
Acredito que as mulheres estejam vivendo a Jornada Arquetípica quando estão determinadas a se conhecerem melhor, quando estão decididas a lapidar o seu Ego e trazer à superfície a Mulher Selvagem! Esta essência do Selvagem transpassa culturas, sombras, luzes e figuras mitológicas! 
O Arquétipo quando surge na superfície, através de uma imagem simbólica traz algo muito mais profundo que o próprio significado da forma, das cores, ou traços, pois o Arquétipo é uma força poderosa sem finalidade material. Eu arriscaria dizer, que o Arquétipo é um meio de alcançarmos o Divino! No Arquétipo, que pode ser a imagem de uma Deusa, Deus, fada, Bruxa, ou qualquer imagem veiculada através dos tempos e culturas, é considerado uma Obra de Arte. E se pensamos que o próprio criador cria a imagem, e ele pode interpretá-la como quiser, assim o Arquétipo, da mesma forma que a Arte, sujeita-se na cultura a diversas interpretações. Atravessa a percepção sensorial da visão, e é interpretado primeiramente aos olhos do Ego. Em muitos casos, o arquétipo é interpretado de forma restrita, ou ingênua, e assim, vira esteriótipo;  neste sentido acaba sendo mais limitador que libertador.
 No arquétipo nos libertamos da forma, no esteriótipo nos prendemos a ela!
Eu diria que quando a Mulher se lança na Jornada da Heroína, na Jornada Arquetípica, ela busca a verdade de seu próprio Mito Pessoal! Na Jornada ela encontra as memórias de sua ancestralidade, pois a Estrutura Psíquica, o Ego é moldado pela interação entre Self e Mundo, Organismo e Meio, entre valores externos e impostos que são introjetados pelo Ego já nas primeiras referências de vir-a-ser. Complexo a Jornada? Ela se torna complexa quando por mecanismos egóicos interrompemos o fluxo saudável de irmos ao encontro da nossa verdade, de nossos desejos mais íntimos,e nos perdemos no grande Labirinto dos esteriótipos. 
Quero acreditar que muitas mulheres despertam! Que a Jornada traz heroínas, e que nós todas, indiferentes de idade, cor, fase cíclica, somos heroínas! 
A verdadeira Heroína não quer brilhar e chamar atenção na versão Egóica comum, ela quer brilhar quando contempla suas irmãs felizes, e se torna feliz por ser quem é! Só nos libertando de Sombras também coletivas é que alcançamos a saída do Labirinto. O fio de Ariadne é o nosso coração, o nosso desejo de sermos plenas, e de sermos amadas e desejadas.
A Jornada da Heroína começa quando deixamos de lado tudo o que não nos serve mais, deixamos as velhas referências como roupas que ficaram apertadas,  e matamos simbolicamente o Minotauro: que seria o conteúdo de todas as partes sombrias e dolorosas, de todas as partes do nosso ser que nos pulsionam para a Morte e não para a Vida. Neste sentido, matar o Minotauro muitas vezes é árduo, e necessita de muita coragem durante a Jornada. Quando decidimos deixar morrer todas as referências que nos impedem de crescer como Mulheres Maduras, e nos tornam prisioneiras do Modelo esperado e aceito socialmente, rompemos com esta estrutura,  este percurso interno é a própria Jornada da Heroína, pois é o encontro com a verdadeira Autenticidade. E esta por si só traz o Poder da Heróina a superfície, traz a segurança da Guerreira e este Poder resgatado, emerge a paz de Ser Única!
Jamais siga um esteriótipo, pois ele te levará a ruína!
 Ele te fará ser o que você não é de fato!
Seja você mesma, e faça a sua própria Jornada Arquetípica!

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